Fonte: Jornal Tribuna Popular, Ano 01, Edição nº. 03, maio de 2014
Em um passado não muito distante, parte
do que se fazia pelos rios de Igarapé-Miri (e em outros municípios) vinculava-se
ao uso de canoa (casco) e remo. As atividades de pescaria, os passeios entre
famílias da comunidade, deslocamentos para o trabalho, a retirada da produção
dos lotes agrícolas, até viagens dos interiores para a sede do município
fazia-se em cascos.
Nos anos mais recentes, entretanto, a
“febre dos rabudos” tornou-se um elemento a mais na lista de atrativos da
modernidade. Atualmente, já se pode considerar uma raridade mesmo a existência
– avalie o uso – de um casco nas residências rurais de Igarapé-Miri. Muito se
tem feito com rabudos, desde viagens do Pindobal à cidade miriense, por
exemplo, até simples atividades, como colocar matapi de um igarapé.
Mas, se por um lado essa tecnologia tem
ajudado a tornar prática e veloz a rotina de muitos ribeirinhos, por outro,
oferece riscos consideráveis à saúde dessas comunidades. Não considerando o
aumento no uso de combustíveis não-renováveis, a poluição sonora, os danos aos
estoques de pescado, entre outros, os constantes acidentes sofridos por
condutores certamente é uma das principais preocupações acerca da atual
avalanche de rabudos.
Alguns desses acidentes, inclusive,
terminaram com a morte de pessoas. A notícia se agrava quando se sabe que a
grande maioria dos condutores é composta por jovens, adolescentes e até
crianças.
Foi um desses acidentes que tirou a vida do jovem Cleber Monteiro de Araújo, então residente no rio Murutipucu, comunidade de onde partiu a motivação para edição desta matéria. Com 23 anos de idade, Cleber deixou sua família em pleno dia de ano (01 de janeiro de 2014), numa dessas fatalidades possíveis de serem evitadas, se nosso trânsito marítimo tivesse ordenamento e os condutores sempre muita responsabilidade, prudência e bom senso.
Foi um desses acidentes que tirou a vida do jovem Cleber Monteiro de Araújo, então residente no rio Murutipucu, comunidade de onde partiu a motivação para edição desta matéria. Com 23 anos de idade, Cleber deixou sua família em pleno dia de ano (01 de janeiro de 2014), numa dessas fatalidades possíveis de serem evitadas, se nosso trânsito marítimo tivesse ordenamento e os condutores sempre muita responsabilidade, prudência e bom senso.
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