A onda de violência e criminalidade que
se espalhou por Igarapé-Miri (não diferente do resto do Brasil) tem alimentado
um estado de calamidade social neste município. Como se sabe, essa conjuntura
geradora de enormes mazelas não apenas se nutre da ociosidade entre
adolescentes e jovens criada pela falta de oportunidades, mas igualmente da
ação maligna planejada de indivíduos e/ou grupos.
Além do já histórico confronte entre
bandos pela disputa de território, a avassaladora distribuição de drogas e
armas de fogo em todo o município representa a principal fonte de alimento para
uma espécie de guerra civil instalada em Igarapé-Miri. E, certamente, há patrocinadores
desse fenômeno: os que vendem a morte sutil e maliciosamente sobretudo para
jovens em situação de vulnerabilidade social.
Para combater esse quadro, cidadãos de
bem e organizações idôneas devem se esforçar, contribuindo com a formação de
novas culturas, entre elas a da não violência e pelo direito à vida em todas as
suas formas.
É nessa perspectiva que caminha o
Projeto Cinema Comunitário, executado pela Associação de Moradores e Produtores
do Bairro da Cidade Nova (ASSOMAR) em parceria com o Instituto Caboclo da
Amazônia (Incam). A primeira sessão foi realizada nesta sexta-feira
(07.02.2014), na comunidade Santa Bárbara, das 19 às 20h, constituindo-se um
evento prazeroso e construtivo.
Com a exibição de “O Menino Urubu”, o
projeto proporcionou uma bonita reflexão coletiva sobre a questão das
oportunidades, o que em grande medida determina o desenvolvimento de um
sujeito. Programas como esse mostram que, mesmo lutando contra aqueles que
subsidiam a desgraça do povo, é possível promover educação para a
cidadania.
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