sábado, 8 de fevereiro de 2014

Mesmo lutando contra aqueles que subsidiam a desgraça do povo, é possível promover educação para a cidadania


A onda de violência e criminalidade que se espalhou por Igarapé-Miri (não diferente do resto do Brasil) tem alimentado um estado de calamidade social neste município. Como se sabe, essa conjuntura geradora de enormes mazelas não apenas se nutre da ociosidade entre adolescentes e jovens criada pela falta de oportunidades, mas igualmente da ação maligna planejada de indivíduos e/ou grupos.

Além do já histórico confronte entre bandos pela disputa de território, a avassaladora distribuição de drogas e armas de fogo em todo o município representa a principal fonte de alimento para uma espécie de guerra civil instalada em Igarapé-Miri. E, certamente, há patrocinadores desse fenômeno: os que vendem a morte sutil e maliciosamente sobretudo para jovens em situação de vulnerabilidade social.

Para combater esse quadro, cidadãos de bem e organizações idôneas devem se esforçar, contribuindo com a formação de novas culturas, entre elas a da não violência e pelo direito à vida em todas as suas formas.

É nessa perspectiva que caminha o Projeto Cinema Comunitário, executado pela Associação de Moradores e Produtores do Bairro da Cidade Nova (ASSOMAR) em parceria com o Instituto Caboclo da Amazônia (Incam). A primeira sessão foi realizada nesta sexta-feira (07.02.2014), na comunidade Santa Bárbara, das 19 às 20h, constituindo-se um evento prazeroso e construtivo.


Com a exibição de “O Menino Urubu”, o projeto proporcionou uma bonita reflexão coletiva sobre a questão das oportunidades, o que em grande medida determina o desenvolvimento de um sujeito. Programas como esse mostram que, mesmo lutando contra aqueles que subsidiam a desgraça do povo, é possível promover educação para a cidadania.  

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