Conta-se
que certo empresário, quando sua grande indústria iniciava mais um dia de
produção, foi avisado de que o computador principal da empresa, cuja rede era
por ele gerenciada, havia parado.
Agitado
pela possibilidade de acumular prejuízo considerável caso a unidade não
operasse, o patrão ordenou ao seu gerente-geral que contratasse – imediatamente
– o melhor técnico em informática que encontrasse na cidade.
Ao
adentrar a sala onde ficava o computador, o profissional logo recebeu do
inquieto chefe a recomendação:
____
Preciso que você descubra o que aconteceu com este computador e o repare, pois
minha indústria está parada.
____
Claro, patrão, estou aqui pra isso, disse o técnico.
Por
alguns poucos minutos o profissional fitou a máquina, por vários ângulos,
deslizou os dedos das mãos sobre ela, mas nenhuma atitude de manutenção tomou.
De
repente, como quem tinha certeza do que estava fazendo, chamou um ajudante que
o acompanhava e solicitou:
____
Aperte aquele parafuso (apontando com o indicador na direção da parte traseira
da CPU).
Assim
o fez o auxiliar técnico e, no mesmo instante, o computador voltou a funcionar.
Era um parafuso que havia se soltado de uma pequena peça da CPU, deixando-se
flexível e sem estabilidade para funcionar.
O
empresário alegrou-se. E, já apressado para retomar os trabalhos, perguntou
àquele profissional:
____
Quanto custa a manutenção, meu jovem.
____
Dois mil reais, respondeu com convicção o trabalhador.
____
Dois mil reais por menos de dez minutos de trabalho? Retrucou o capitalista.
Ainda construindo outros argumentos para baratear o serviço, embora sem sucesso.
Não
satisfeito com o valor cobrado pelo serviço, mas já o tendo recebido, o patrão
determinou ao setor financeiro da empresa que executasse o pagamento ao
técnico, apenas solicitando que este deixasse uma nota fiscal com a
especificação do trabalho.
Na
nota, o trabalho assim especificou: aperto
de parafuso – R$ 1,00; saber qual parafuso apertar: R$ 1.999,00.
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